No alto daquela serra vejo uma cruz E nele imagino meu corpo Ensanguentado cicatrizes Que carrego na alma Não me entende o que escrevo E nem o que canto A vida não é fácil pra ninguém Ninguém ser importa com ninguém Até o dia de sua morte Irá brigar por tudo que ficou pra trás As pratas, o ouro, as casa Os carros, nada disso importa No dia de sua morte Ser coubesse o dia iria Reflita agora sobre tudo que fez O dia será como outro qualquer Nada de especial irá acontecer A não ser sua morte Estamos destinados a morrer uma só vez Um dia seremos lembrado pelo que fizemos E deixamos de fazer A morte transforma pessoas ruim Em boa pessoas Um dia seremos um dos esquecidos Que tinha a ilusão de serem lembrados Ainda que eu andasse pelo vale Da sombra da morte Não temeria mal algum No alto daquela serra vejo um cruz e Nele imagino meu corpo ensanguentado cicatrizes Que carrego na alma Somos tão vulnerável às armadilhas Do mundo Os falsos irão verificar o dia da minha morte Seremos uma história faça a sua história Ser contada No meu funeral não joguem flores no meu caixão Jogue todo amor que vocês economizaram Quando eu estava vivo No alto daquela serra vejo uma cruz E nele imagino meu corpo Ensanguentado cicatrizes Que carrego na alma