Na madrugada a solidão me invade Só o silêncio é minha companhia A noite é longa, solitária e fria E a mente aflita por sentir saudade Tenho a alma repleta de ansiedade Dentro do peito, um coração que bate Descompassado e que, talvez, me mate Antes dos trinta anos de idade Se quiseres parar, fique a vontade! Vais me dar, de presente, a eternidade Da matéria, o espírito libertar! Não te incomodes, coração sofrido Pelos desgostos que tu tens sentido Já tens razão de querer descansar Se, um dia, a poesia me sumir da veia E o senso das metáforas morrer no ar Terei a sensação da alma que incendeia E o grande mal dos loucos que não podem amar Terei que proibir-me do reggae e de ti Na introspecção, mergulharei de cara Me esconderei dos sonhos, perderei a tara E, se me perguntarem, direi que morri As cordas do ovation irão rebentar! A voz, presa no peito, fraca, calará E os mal tocados tons, logo, vão se esquecer E, quando me lançares ares de piedade Me esconderei de mim, ante a cruel verdade Serei a sepultura do meu podre ser Ser poeta é saber não ser escravo Da mesmice e do conservadorismo Impedir de morrer na guilhotina O boêmio cantor do iluminismo E lutar até ver cair vencida A esquadra do vil capitalismo Se, um dia, a poesia me sumir da veia E o senso das metáforas morrer no ar Terei a sensação da alma que incendeia E o grande mal dos loucos que não podem amar Terei que proibir-me do reggae e de ti Na introspecção, mergulharei de cara Me esconderei dos sonhos, perderei a tara E, se me perguntarem, direi que morri As cordas do ovation irão rebentar! A voz, presa no peito, fraca, calará E os mal tocados tons, logo, vão se esquecer E, quando me lançares ares de piedade Me esconderei de mim, ante a cruel verdade Serei a sepultura do meu podre ser