Elza Soares

Pranto de Poeta

Elza Soares


Em mangueira quando morre
Um poeta, todos choram
Vivo tranquilo em Mangueira porque
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer

Em mangueira quando morre
Um poeta, todos choram
Vivo tranquilo em Mangueira porque
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer

Mas o pranto em Mangueira é tão diferente
É um pranto sem lenço que alegra a gente
Hei de ter um alguém pra chorar por mim
Através de um pandeiro e de um tamborim

Em mangueira quando morre
Um poeta, todos choram
Vivo tranquilo em Mangueira porquê
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer

Em mangueira quando morre
Um poeta, todos choram
Vivo tranquilo em Mangueira porquê
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer

Mas o pranto em Mangueira é tão diferente
É um pranto sem lenço que alegra a gente
Hei de ter um alguém pra chorar por mim
Através de um pandeiro e de um tamborim

Em mangueira quando morre
Um poeta, todos choram
Vivo tranquilo em Mangueira porquê
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer