Ossi menino Valentino Diga lá oxé Me conte se esse forró é redondo da peste Á pois num é, o forró é redondo que é pra fazer a cabeça Mais de é como é formado esse tal de forró homem de Deus? Oxente, é formado com duas banda E que se faz com duas banda? Enquanto uma banda dança a outra banda pensa Hum! A lavandeira atrás da casa de farinha Pensando que lá já tinha, buscamos que debuba Da nosso jogo da usina Baburra Deus é grande, mundo é largo me castigue Olindina Diga lá si menino eu quero saber tudo Baburra da saudade Baburra me deixa todo baburrado Eita pois, me diga tudo Oxé Elza, é que eu tenho um pouco De vergonha de dizer as coisas A é Relampejou e estourou o bagulho Não passava nem agulha e quem devia passou passou mal A chuva veio para molhar nossas palavras E afogou o que não prestava e fez buraco no quintal Olindina Vá dizendo tudo si menino Valentino homem de Deus É que quando a chuva vem na enxurrada Faz buraco, só num entra quem num cabe É muito triste menino É, é buracão mesmo Arretado Doutor Zezinho da usina Mandaú Pinta a o cabo de azul no sistema da união Estava na estação quando o Julião chegou E foi aí que começou a cobrança do patrão Olindina Ossi menino, você conheceu a Olindina? Olindina eu conheci Mas Olindina é uma menina arretada mesmo né Arretada da gota serena Arretada do zoião grande Vixe Cabelo da cor da noite e perna arroxada Eu vou deixando a minha rima rimada Ficando na embola vou batendo o meu cansar Se eu canto as coisa da minha sabedoria Que no sobe raia o dia e as estrelas vão sobrar Olindina A natureza é bonita Elza É muito bonita É cheia de estrelas Só quem não olha é quem não vê Tá tudo ai, cheio de estrela O céu tá lindo, é só olhar Agora a gente anda de cabeça baixa né Mas esse forró num leva assim Muita alegria pro sertão, lá pro nordeste não, menino? O forró leva Mas o forró leva alegria mas num leva carne' Uai mas menino e depois assim um pouco redondo Da gota serena É isso ai, é o povo, é o forró