Pessoas mais vazias que o cinza que enfeita A cidade é ranzinza, de colheita só desfeita Imperfeita. Buraco. Patriotismo fraco Ansiedade invade a rotina em tabaco Predomina o opaco, de lixo enche o saco Se preenche em vácuo o coração de cada eu Faz o seu e eu faço o meu, a lei que sempre prevalece Mas o seu também é meu, geral que sempre se esquece Enquanto uns mal se aquecem, uns de scarf, toca e pele Aqui repele a atração, toda atenção a quem enriquece Uns desce, uns sobe, são nobres, são pobres Com ouro, ou com cobre, humildes, esnobes Se encobrem os valores, cidade onde falta cores São mil odores, entre jovens e senhores Guindastes e tratores, figurando o cenário E a rotina se resume em depender do seu trabalho São vidas coexistentes São paulo é quente, é fria, vida sincronia São dias descontentes Tão sombria e reluzente, há quem tente a fatia San paolo é tão vazia, lotada Irradia, agonia, entedia Quem sente, feliz, deprimente Tão gris, conivente Desanestesia Gente que da nó, gente que domina Na city sp, só o caos predomina Uns tomam vitamina, outros ritalina Uns tomam a menina, outros a propina Roubaram sua paz, dormindo no busão Nem descansa mais, um fute nunca mais A vida não mudou, o que mudou foi sua visão Cidade hi tek pros moleque, é maior mamão Vinga sua cria, morre outra na pia Um ponto a mais pro álcool, menos um no palco Varias atrações, ideologias mistas Machistas, femistas, nazistas, racistas Fo da se, esse é o lema de geral O verde vira cinza, ritual banal Quase uma pintura de salvador dali Fácil se perder tão quanto se iludir em sp