O samba tem como inspiração Uma favela encantada Uma negra baiana de saia rodada A pobreza de um povo O aconchego de um bar A cerveja no copo suando todinha O batuque na mesa fazendo a alegria E a fumaça dos cigarros esboçando noel rosa no ar Pro samba não tem hora certa nem dia nem tempo Não precisa crachá ou qualquer documento Não requer um traje, nem muita atenção É só imaginar que a cuíca é o ruído do talher na garrafa O chocalho, caixa de fósforo na mão que extravasa E o pandeiro é o tum - tum do coração