Olha lá Chico Doido largou do serviço E nem olhou pra trás Se fiou numa idéia que lhe sufocava Quem diria, o bom moço, pôs a mão no bolso Não quis nem saber E num transe maluco sumiu pela estrada Não quer mais suor, mais suor E reclamando se afastou de tudo pra ficar tão só! [Refrão] Lá vai, lá vai Num caminho doido vai Lá vai, lá vai Chico Doido agora vai Não vai, não vai Considera o rumo e não vai Não vai, não vai Chico Doido tropeça na pedra Não sente, nem olha pro chão Outra dor, outra fé: nada mais importava Quem diria, o bom moço, sem nenhum esforço Perdeu a razão Vai saber em qual poço bebeu dessa água Chico Doido permanentemente novo Desatou um nó, mais um nó E sem amarras se afastou de tudo pra ficar tão só! [Refrão] Lá vai, lá vai Sem nenhum esforço vai Lá vai, lá vai Chico Doido agora vai Não vai, não vai Considera a força e não vai Não vai, não vai Chico Doido é o motivo dos risos Da gente daquele lugar Nem amigo ou vizinho, ninguém perdoava Quem diria, o bom moço, virou do avesso Não quer mais voltar E da vida de Chico era o que se falava Chico Doido permanentemente vivo Não ficou melhor, nem pior E friamente a vida nova de repente lhe deixou tão só! [Refrão] Lá vai, lá vai Vai vivendo agora vai Lá vai, lá vai Chico Doido agora vai Não vai, não vai Considera a vida e não vai Não vai, não vai Chico Doido apressado passou pelo povo Sem nem mais querer Se deixou apanhar até de madrugada Quem diria, o bom moço, cansado do mundo Não quer mais sofrer E do alto da ponte o vento lhe abraçava Chico Doido permanentemente bobo Desatou um nó, mais um nó Chico Doido permanentemente novo Não ficou melhor, não ficou melhor Chico Doido permanentemente vivo Apertou o nó, outro nó E agora Chico Doido quase morto Vai voltar ao pó. Tão só! [Refrão] Lá vai, lá vai Vai morrendo agora vai Lá vai, lá vai Chico Doido agora vai Não vai, não vai Considera o mundo e não vai Não vai, não vai...