Eu, hoje sou uma mulher, ao Deus dará, De olhos vermelhos, chorando, Por quem não voltará... Castigo por querer demais, Castigo por querer achar, Na vida o que ela não dá !... Só me lembro do vago rumor, De uma porta que sólta, Como um pássaro tonto, Aquele que vai e não volta, Depois, nunca mais, À noite, sai pelas ruas, E hoje sou o que sou, Mas eu nunca pedi, Que me desses dinheiro ou guarida, Um carinho de ti me bastava, Era o sopro da vida. Depois que fechaste a porta, Sinto que a alma está morta, Morta pra vida está, Uma mulher ao Deus dará !