Remeta-me os dedos Em vez de cartas de amor Que nunca escreves Que nunca recebo. Passeiam em mim estas tardes Que parecem repetir O amor bem feito Que você tinha mania de fazer comigo. Não sei amigo Se era o seu jeito Ou de propósito Mas era bom, sempre bom E assanhava as tardes. Refaça o verso Que mantinha sempre tesa A minha rima Firme Confirme O ardor dessas jorradas De versos que nos bolinaram os dois A dois. Pense em mim E me visite no correio De pombos onde a gente se confunde Repito: Se meta na minha vida Outra vez meta Remeta.