Reside no subúrbio do Encantado Num barracão abandonado João de tal, cabra falado Dizem que viveu fora da lei Foi um rei Que zombava da morte E tinha seu forte No meio da gente bamba O seu prazer era tirar um samba Pulava, dava rasteira Topava briga de qualquer maneira Mas hoje é um caco velho Que não vale nada Tem a cabeça branca e a pele encarquilhada Faz até pena ver o seu estado (Pobre coitado) A vida é essa É um segundo que se esvai depressa Todos nós temos o nosso momento E depois dele, só o esquecimento