Aí, eu vi vantagem meu sinhô Tô nesse coco porque quero balançar Quando eu balanço Sem querer dançar eu danço Quando eu danço, eu não me canso Pro coco não embolar Só rodo meu pião de goiabeira Só vou na feira pra encher meu caçuá Já sinto que esse coco é de primeira E quem quiser me dar rasteira Dá licença, eu vou pisar Branquinha a gente toma é de golada E a embolada é quem sustenta o meu cantar A taipa, o chão batido, o pote e a esteira É mansão na catingueira Meu sertão meu habitat Meu coco sobe e desce na ladeira Riacho é cachoeira que deixou de embolar Tem fita no chapéu do meu guerreiro Meu zabumbeiro já quebrou o bacalhau A pé, já fui e vim do juazeiro Eu já subi muito cruzeiro Carregando cruz de pau De dia eu vôo com a passarada De madrugada eu sou coruja e bacurau Nem tudo a gente compra com dinheiro E o que tem no petisqueiro Quando engorda não faz mal Meu coco quer cantar pro mundo inteiro Eu vou mostrar meu dente queiro Sem querer bancar o tal