Elias de França

Nas Horas Mais Sertanejas

Elias de França


Tom: E

E
No canto das toscas paredes 
            F#m7               B7
Armadas as redes crianças dormindo
   E                  C#m7
Farejando a caça na toca
            F#m7
O cão se sufoca 
             B7
Inquieto latindo
   A              B/A
A Lua afagando a mata
                 G#m7            C#m7
Com um brilho de prata a leste saindo
   F#m7               F#7
No toco onde a coruja pia 
             B7
repousa a cutia seus raios luzindo

  A/C#           B/D#                G#m7           C#m7
É esta hora sertaneja que o velho deseja quando recordar
     F#m7            F#7            B/D#              B/F#
Pois ele habitou o sertão e tem um coração amando por la
      A              C#m7   F#m7               E
Aprendeu a amar natureza, zelou tão bem seu pomar
  F#m7                                  A7            E     E7 F#m7 E E7 F#m7 E A E A E
E até o pó da seca terra que levou a guerra aprendeu amar

      E                                F#m7                    B7
No instante da linda alvorada após a madrugada viu o nascer do sol
      E               C#m7                 F#m7            B7
Na entrada do oco do ninho pousa de mansinho e canta o rouxinol
    A              B/A          G#m7            C#m7
Na beira do rio corrente via saliente o curvo caracol
    F#m7                 F#7            B7
No campo quantas flores belas, rosas e amarelas como o girassol

  A/C#          B/D#                G#m7          C#m7
É esta hora sertaneja que o velho deseja para retornar
  F#m7                 F#7            B/D#               B/F#
Á terra que lhe deu a vida e após a partida pra longe do lar
     A                G#m7    F#m7           E
Aprendeu a cultivar a terra e soube dela retirar
   F#m7                 F#7        B7                            E
A massa que o mundo alimenta e a sombra acalenta seus filhos no lar

   E                                   F#m7                 B7
Morando na grande cidade se sente um covarde vendo arranha.céus
   E                      C#m7              F#m7               B7
Milhões de vozes soam em peso é como viver preso em grades de fel
  A                B/A           G#m7             C#m7
Servindo cimento dosado sendo observado parecendo réu 
     F#m7                F#7               B/D#               B/F#
E ao rosto triste envergonhado, molhado e suado não cobre o chapéu
    A               B/A                 G#m7         C#m7
Recorda a hora sertaneja que o velho deseja para trabalhar
   F#m7             F#7                  B/D#                  B/F#
A foice dobrando a madeira, o cavalo em carreira, a enxada e a pá
     A                   G#m7    F#m7                E
Reconhece o valor do nordeste e sonha em breve regressar
   F#m7                F#7                   B7            E       E7 F#m7 E E7 F#m7 E
A terra onde a seca é feroz e que não tem algoz para o maltratar 

 E                                       F#m7             B7      E
No canto das toscas paredes armadas as redes crianças dormindo.