Estou voltando pra minha terra Já não aguento tanta solidão Aqui distante, a barra é pesada Saudade danada do meu sertão Tenho saudade do fogão de lenha Onde minha mãe caprichava no café Me lembro bem dos bailes de barrada E a noite inteira, no arrastapé O sanfoneiro, em cima da mesa Baile de barrada é a tradição De tudo isso, eu tenho saudade Até da poeira subindo no chão Meu Deus, que saudade O tempo inteiro Meu Deus, que saudade Dos companheiros Meu Deus, que saudade Daquela serra Meu Deus, que saudade Da minha terra Ah! Se eu pudesse voltar no tempo Pra começar tudo isso de novo As brincadeiras no terreirão Dói meu coração, de saudade do povo Lá na paineira, o carro-de-boi O tempo se foi e não volta mais Aqui distante, choro de desgosto Lágrimas no rosto, saudade dos meus pais