Dommini, dommini, dommini Seja em nós, venha à nós, a tua paz Vem pr'a mim Ser afim Tua enfim Revela-se o segredo E quebra-se o silêncio Luz na imagem verdadeira Que nos afasta à beira o abismo Lança o vil no precipício A luz sobre os gentios E a paz aos homens pios Crédulos Aos descrentes e os cegos! Se a mesa é redonda Não se aponta a ponta Ponte que aporta sobre os mundos Emenda-se nos grandes furos Rompe a roupa rente à rampa de um rei Agnus dei (cordeiro de Deus) Qui tollis pecatta mundo (que tirais o pecado do mundo) Ex Audi nos (ouvi-nos) Dommini, dommini, dommini (Senhor) Quando enfim o meu latim Foi assim melhorando pouco à pouco Minha língüa dita cuja Lambuza no céu da minha boca Pronuncia em verso O verbo amor Que eu já sei de cor Seja em nós, venha a nós A tua paz! Revela-se a verdade À luz da eternidade Que se conhece em toda a língüa Não deixa assim morrer à mingua Pela sêde e a fome que matei Abençoai o que vos dei Porque eu amo Um amor sem fim Vem pr'a mim Ser afim Tua enfim Dommini, dommini, dommini Seja em nós, venha à nós, a tua paz És em mim, és em luz, és em nós