Aparte de mim coisas poucas Engula sem água as migalhas de amor Tem dias que a gente não sabe o que quer E hoje acordei intranquilo Cravando um punhal me dizia Não! Jamais Cercado de ar e loucura Ouvido a espera do que se fez falta Tomou-se de apostas ao dado E guarde as palavras rasas Que eu já estou bem cansado Desse tanto faz Sempre lhe dei versos brandos Sempre fui eu quem te fez descansar Será que um retrato molhado Preserva a beleza de um caminhar Sol, Lua, só Foi noite ou dia a maldade? Nunca de novo Creio talvez seja verdade Rio acima, fim ladeira abaixo Cabeça ao peito simulacro Rei invisível de um mundo categórico E sua coroa de plástico Não se espante Se eu for embora a qualquer hora Sem ao menos te acordar