Elba Ramalho

Baioque

Elba Ramalho


Quando eu canto que se cuide
Quem não for meu irmão
O meu canto, punhalada, não conhece o perdão
Quando eu rio
Quando eu rio, rio seco, como é seco o sertão
Meu sorriso é uma fenda escavada no chão
Quando eu choro
Quando choro, é uma enchente surpreendendo o verão
É o inverno, de repente inundando o sertão
Quando eu amo
Quando amo, eu devoro todo meu coração
Eu odeio, eu adoro, numa mesma oração
Quando canto
Mamy não quero seguir definhando sol a sol
Me leva daqui, eu quero partir
Requebrando um rock and roll
Não quero saber como se dança o baião
Eu quero ligar, eu quero um lugar
No sol de Ipanema, cinema e televisão

Quando eu canto que se cuide
Quem não for meu irmão
O meu canto, punhalada, não conhece o perdão
Quando eu rio
Quando eu rio, rio seco, como é seco o sertão
Meu sorriso é uma fenda escavada no chão

Quando eu choro
Quando choro, é uma enchente surpreendendo o verão
É o inverno, de repente inundando o sertão

Quando eu amo
Quando amo, eu devoro todo meu coração
Eu odeio, eu adoro, numa mesma oração

Quando canto
Mamy não quero seguir definhando sol a sol
Me leva daqui, eu quero partir
Requebrando um rock and roll
Não quero saber como se dança o baião
Eu quero ligar, eu quero um lugar
No sol de Ipanema, cinema e televisão

Quando eu canto que se cuide
Quem não for meu irmão
O meu canto, punhalada, não conhece o perdão

Quando eu rio
Quando eu rio, rio seco, como é seco o sertão
Meu sorriso é uma fenda escavada no chão

Quando eu choro
Mamy...