Dia a dia o mundo passa devagar Sentado em um meio fio Mil coisas pra contar Mas pra quem? Em um fim de tarde E alguém paga pra olhar Como meus lábios mexem quando eu tocar Sem ler, as entrelinhas Tão difícil compreender O que se escreve é pra se ler Mas ninguém Ouvem o som da sua voz Tiram uma foto com você Pra esquecer Que você, também é alguém Em cada silêncio há um trauma pra lembrar Cada pessoa que evita de falar O porque, eu sei Há sempre algo que se pode confiar Mas seu caminho não foi feito pra acertar Tudo bem, é a vida Pessoas mudam com o tempo seu olhar Nem mesmo elas sabem que elas vão mudar São reféns, dessa vida