A letra é simples, o conteúdo é o seguinte Sem rótulo ou marca no som, trabalhando só no requinte Aqui sem restrição, preconceito ou alienação Exemplo de circunstâncias que te deitam num caixão Medo, que te faz andar sozinho E a certeza de que alguém vai fazer isso com seu filho Recusou a dar mão extendida, ignora a dor da ferida O opressor ja tá virando, um egoísta genocida Viver uma vida perdida, cercada em mesquinharia Um jogo de carta marcada esperando ser aplaudida Fato decorrente de uma falta de atitude Mostrar oque se tem é mais bonito que a virtude Preconceito, quase sempre desencadeado Pelos pais que morriam de medo de pela família serem julgados E sem nenhuma orientação Condenaram eternamente a mente de seus filhos à prisão A criança não sabe porquê, só faz porque tá na TV O preto que trampa na tela ta sempre feliz servindo você Realidade distorcida, história do macabro Um negro acorrentado em um navio ancorado 500 anos se passaram, exceto no Brasil, meu caro Socialaite de porcos disfarçados Racismo, homofobia, sociopatas adestrados Uma prole de olho azul de muleques mimados Realidade alterada, ao tempo do Brasil colônia Mas agora a fita é outra cerimônia E injustiça é uma fita que me causa insônia Eu quero armar contra a Alemanha Uma vingança da polônia E o anseio, desejo, de mudar de emprego De receber um troco bom, não acordar mais cedo Oque pesa na real é sempre aquele tempo De ver os filho crescendo, esperto, longe do medo Do cortejo fúnebre que é o colarinho branco e terno preto A morte aqui na vila é sempre tenso Mas eu vejo, a vontade de provar pra si mesmo Que o canudo que o jovem abraça depois da escola É o documento, enrolado pra arranjar um emprego E não a nota que ele enrola e manda o pó pra dentro A nota alta na escola, anota a cola e sai fora São duas faces de um problema sério q há muito decola Agora, é a hora, de botar a cara pra fora Vencer a guerra com gelo, primeiro nóis apavora Não chuta bola pra fora, o Brasil é uma escola De detentos, carente de educação, oportunidade e emprego Mai não paremo, se é pra aprender, aprendemo Destemido, pra dentro, se destacamo, vencemo Não me arrependo, de cada viela errada que andemo Pra que a vida é uma escola, e a vila aprende fazendo