Nuvens, dúvidas constantes Fantasmas pelos espaços Embora de mim distantes A estirar-me sempre os braços Nuvens soltas e erradias A correr sem rumo, ao Léo Refletem bem os meios dias Na luta que tem no céu Nuvens negras e pesadas De sonhos e de cismares São partes já separadas Da minh'alma, pelos ares Quanta vez com céu de certo Sem querer, fico a chorar! São elas que já vem perto São elas que vão passar Nuvens brancas, incolores De existência indefinida Não traduzem minhas dores Nada tem com a minha vida Mas as outras que o céu banham E me fazem pensativo São essas que me acompanham São só essas com que vivo