Olhos tristes, doloroso Que me não fitam, jamais São frios e venenosos Como a ponta dos punhais Na vossa luz sempre vejo Uma tragédia sombria De alguém, que por um desejo Toda glória renúncia Ao ver-vos assim magoados Escuto rezas inteiras Dos que vivem desgraçados Amando infernais olheiras Na mágoa que sempre dura Eu vós adoro infeliz Porque sonhais a ventura Sem serdes nunca feliz Malditos olhos malditos Que causais somente a dor Tende pena dos aflitos Que morrem por vosso amor