A noite imponderável Dentro de mim guardada A insistente espera De uma vida abençoada Este mar onde eu mergulho A saudade, o desvario Dentro de mim, de tudo Só um infinito vazio Ânsia de beijos e abraços O sumo da eternidade O ilimitado anseio Alheio a toda vontade A vida vivida a esmo A nódoa da indiferença Resta o meu suspiro fundo Ante a saudade imensa Deito na noite o desejo Uma vontade latente Tua língua em meu beijo Tua carne entre os meus dentes No silêncio só se escuta Talvez, um grito, uma prece A lembrança absoluta Quando a alma não esquece Qualquer movimento é triste No quarto sombrio e ermo Nem respirar é preciso A dor não tem meio termo