Ouço a sua boca me falando Rubra ameaça ao meu mutismo Garganta assim vertiginosa e doce Doces as palavras se despedaçando Ao cair em desgraça contando Os meus sonhos no fundo do abismo Sismo que a sua boca quer Que eu viva, rompendo A neve da avalanche Com coral de unhas sempre vivas Viva sua boca quer que eu morra Soterrado na lama que fomos Ainda ontem em sodoma e gomorra Zorra esse eco em Meus tímpanos zarpa As promessas sem fim Anos farpas sua boca que impeça O sentido fim falem mal Mas que falem de mim