Vem amor, No remanso que vens, eu vou Vem amor, Do banzeiro chegando, amor É tão cedo, cheira a flor Do orvalho ao jasmim Nesse amor que se dá De um amor sem fim Curumu Céu azul abraçando a terra Verdes matas que cobrem a serra Onde canta o uirapuru Curumu Há um canto boiando aqui Nessas águas de negros cristais Espelhando encantos demais Vem querer Como o vento querendo a vela Vem sofrer Na ilusão que partiu com ela Vem sei lá Como a garça bailando no ar Vem pra mim Que eu me quero perdido assim Curumu Em teus braços me deixo sonhar Em teus sonhos eu danço lundu Me embalo com teus inajás Curumu Onde o índio já foi senhor Cachoeira ainda canta a dor Dor que eu sinto ao querer não ir Canta rouxinol no galho alto Piaçoca beira o lago Voa, Voa ananaí Segue a canoa rumo leste Que a morena lá no porto Quer também partir Curumu Jogo a isca e pesco amor Faço um canto, porque de amor Sou um barco que vai Adeus...