Eduardo Costa

Seresteiro da Noite

Eduardo Costa


Existem momentos na vida
Que lembramos até morrer
Passados tão tristes no amor
Que ninguém consegue esquecer
Carrego uma triste lembrança
De um bem que jurou me amar
Está presa em meu pensamento
E o tempo não vai apagar
Fui seresteiro das noites

Cantei vendo o alvorecer
Molhado com os pingos da chuva
Com flores pra lhe oferecer
Fui seresteiro das noites
Cantei vendo o alvorecer
Molhado com os pingos da chuva
Com flores pra lhe oferecer
Enquanto eu cantava o amor

Em mim uma paixão nascia
Entre a penumbra um rosto
Na janela pra mim sorria
Um beijo uniu nossas vidas
Mas sepultou sonhos meus
Meses depois uma carta
E nela a palavra adeus
Fui seresteiro das noites

Cantei vendo o alvorecer
Molhado com os pingos da chuva
Com flores pra lhe oferecer
Fui seresteiro das noites
Cantei vendo o alvorecer
Molhado com os pingos da chuva
Com flores pra lhe oferecer
Meus cabelos estão grisalhos

Do sereno das madrugadas
Meu violão velho num canto
Já não faço mais serenatas
Abraço o calor do Sol
Choro quando vejo a Lua
Parceira das canções lindas
Que cantei na sua rua
Fui seresteiro das noites