Cantai, meu coração pois sei da dor Que o teu canto inspira Sarai, minha canção pois sei da flor Que teu cantar aspira Fitai, meu doce amor os olhos meus Pois são só teus os meus novos ais E tudo mais que tu miras Voai de flor em flor pois sei do olor Que tua cor matiza Brilhai, meu doce amor Pois sei do pôr Que de teu sol perfilas Sejais, meu puro amor O esplendor de eras tão antigas Pra sermos bem mais Eu e tudo o que mais cativas Meu voo, pássaro. Meu pouso, homem. Avistou no tempo razões pra ficar No teu semblante Tudo é Nascente enluarado sertão Pára pra me ouvir cantar Me ouvir cantar Olhai, pungente amor o resplendor Em Luas tão furtivas Sanai de toda dor, do dissabor De outras prélias vidas Sonhai com o fulgor da luz maior Que hoje nos aviva E aguça o olhar Mais adiante vê as próprias idas O amor, o tempo, a flor E o teu alor que hoje vivifica Já trazem mais sabor, mais som, mais cor Pra nutrir a vida E neste eterno apuro O coração guia a nossa vida Pra amarmos em paz E vivermos dia após dia Meu vôo pássaro Meu pouso homem Avistou no tempo razões pra sonhar No teu semblante Tudo é nascente Enluarado sertão Canta pra gente se amar Meu voo, pássaro. Meu pouso, homem. Encontrou no tempo canções pra te dar No teu semblante Tudo é Nascente, enluarado sertão Pára pra me ouvir cantar Me ouvir cantar