O sal do mar é o tempero e o corroente Dos nossos corpos bolinados pelo canto e pelo vento Tem que querer a vida Querer a vida sempre e muito Meter o pé descalço na carreira do caminho Eu quero a felicidade Eu, você e a mocidade O gosto da nossa saliva em nossas bocas Repare o jogo dos nossos quadris Imaginando de zero a mil Inventando nesse espanto O canto, o dia, o acontecer O que uma boca aflita cala Ressuscita aqui, ali, em toda cidade Eu venho de longe eu venho Eu venho de dentro de mim Descobrimos que a armação da torre de babel Como sempre foi feita, é de palavras, e de papel Mas tem a nossa voz A tua e a minha voz A música interior, de cada um de nós Meu Deus será que eu acordei tarde Ou será que o acordar é que é Aquilo que dá luz ao ato do amanhecer Eu quero que tu não esperes Agora está tão blues tão bom Agora está tão blues à flor da pele