Meu pingo baio come milho o ano inteiro Pousa encerrado e se conserva pendurado Mas quando o sol pega o carreiro de ir embora Estrada afora nos perdemos pelo pago Saio na noite a camperiar por entre estrelas Lume nos olhos das morenas do rincão Eu me embriago de paixões que gavionaram E entrego as rédias para o próprio coração Meu lenço se agita, estada afora Moça bonita, me espera to indo agora Meu lenço se agita, estada afora Moça bonita, me espera to indo agora E enquanto as horas que galopam no fandango Segue levando a noite presa pelos tentos Eu sinto a alma mais leviana quando danço E mais serenas as paixões no pensamento Quando retorno na manhã que me sombria Pra mais um dia de sol quente e tempo bom A luz que nasce mostra um lenço que escarceia Acena a estrada e vai timbrando de baton... Meu lenço se agita, estada afora Moça bonita, me espera to indo agora Meu lenço se agita, estada afora Moça bonita, me espera to indo agora