Quebrando regras, fodam-se elas Mc só é mc se nascer na favela Então sou poser, sou rap moda E eu to feliz se eu sentir que o meu rap é foda Pouco conhecimento, entrei no barco agora Faço por sentimento, quero voltar lá fora Dentro do barco vejo guerrilheiros do ego Criticando a visão alheia esses são cego De espírito, escrevo amor em poesia Não pra agradar a old school é pra viver em sintonia Comigo mesmo, pra preencher o meu vazio Quem me ouviu curtiu, quem não curtiu, valeu tio! Se brown curtir meu som, eu vo escrever mais Se ele não curtir, eu vou escrever mais Respeito racionais, e os demais Mas esse rap é parte de mim, dos ideais Se eduardo me elogiasse, eu ficaria feliz Se eduardo me criticasse, eu não faria diss Cê não entendeu, cê se perdeu, tanto fez tanto faz Mas eu, só faço o meu Uma vez pela paz Vejo hitlers e judeus, castelos com plebeus Na religião do rap, eu escolhi ser ateu Não acredito na coisa que esses padre prega Não escuto esses pastores eu destruo a regra Não decorei discos, não vivi riscos Milhares de rabiscos infernizei o meu caderno O papo é interno, e essa é minha meta Se pra vocês não sou mc, ok, vou ser poeta Sou branco desajeitado, sem gíria e sem gingado Não curto baseado já fiz escola particular Talvez no caminho errado, admito to apaixonado Quero escrever o tempo inteiro não tem como evitar Fiz um desabafo pra uma corda que me sufoca Faço rap porque eu amo, não pra pagar de maloca Como pode amar algo que não estuda Eu costumo amar aquilo que chega na mais profunda Área, da minha alma, estado de calma Já ouvi que eu não servia mas também já ouvi palma Só eu sei o que tem nesse meu coração Da sensação de tá com um mic ligado na minha mão Eu sou um pirralho pra quem se diz veterano Vô continuar escrevendo, vô continuar escutando Se eu ouvir, cê não nasceu pra isso, cê é moleque Vo chegar na minha casa, pegar meu mic e apertar o rec Vai sair uma track, pra suprir toda minha dor Pra variar mais um som foda contando o meu amor Mas se for ao contrário, licença eu meto a banca Quero rap na globo, quero rap na casa branca Quero rap em cada canto, e eu canto nossa potência Visto manto, escrevo um tanto, é rap com consciência Então sai da frente, falou meu nome eu to presente Na listagem de quem vai pra guerra com a faca nos dente Guerra de paz, guerra de trampo Minha guerra é pra garantir meu lugar fora do banco Cê eu ficar, aguento o tranco Respiro fundo e aproveito quando eu for pro campo Tenho só 19, cresci com uns esnobe Classe média mas pra eles eu era o mais pobre Meu sangue é nobre, e eu honro minha família Cês fala que eu so boy mas não imagina essa trilha Sinto orgulho do que minha família já fez por mim Por isso vo lutar pra que se orgulhem no fim Se é por din? Sim, eu não sou falso Mas sem esquecer que eu fui feliz correndo descalço Pelas rua, atrás de pipa, jardim brasil Tô ligado quem regrediu, tô ligado quem progrediu E quem só riu, cês vão morder a boca To ostentando ideia, eles na vida loca Playboy de atitude, não de dinheiro Porque grana nunca definiu caráter parceiro Conheço rico pilantra, conheço também sangue bom Pobre que não respeita, e pobre com coração O dinheiro só embeleza por fora, entende a lição É tudo a mesma bosta, quando lacrar o caixão Independente eu faço rap, de outono à outono Pois o que eu escolhi pra mim irmão, não tem dono!