O homem nasce no mundo Vai crescendo e fica moço Põe o chapéu na cabeça E um lenço no pescoço Vai seguindo o seu destino Pelo dom que Deus lhe deu Eu quis ser um boiadeiro Foi isso que aconteceu Eu sou filho de caboclo Já toquei muita boiada Viajei de norte a sul Eu nunca tive parada Hoje não viajo mais Já morreu meu alazão Retornei a minha terra Voltei para o meu sertão Olha o fogo na serra Olha o fogo lá Boiadeiro trazendo A boiada pra cá Seriema piou fino Pro lado do boqueirão Eu senti muita saudade Que doeu meu coração Saudade da minha terra Dos meus pais, dos meus irmãos Olha o fogo na serra Olha o fogo lá Boiadeiro trazendo A boiada pra cá Quando eu vejo uma boiada Descendo pro baixadão Meus olhos ficam chorando Eu sinto desilusão É o prenúncio da seca Que chegou no meu sertão Olha o fogo na serra Olha o fogo lá Boiadeiro trazendo A boiada pra cá Sabiá piou tristonho Magoou meu coração As lágrimas dos meus olhos Escorreu, pingou no chão Saudade que mata a gente Não me mate agora não Olha o fogo na serra Olha o fogo lá Boiadeiro trazendo A boiada pra cá Olha o fogo na serra Olha o fogo lá Boiadeiro trazendo A boiada pra cá