Duo Aduar

Nascente

Duo Aduar


Há uma nascente que arde em meus olhos que lembram
Doce dança que balança o corpo onde estiveram
Asas que se alongam sobre o mar, demoram dentro
Toque que ainda guarda um pouco do seu canto imenso

Há um mar que envolve o corpo do meu pensamento
Que deságua nas trilhas, na chuva, no vento
Quem tentou te alegrar guarda memórias intensas
Sente muita falta, nunca esqueceu, como pensas

E o leito seco da nascente calma
Sangra
E a carne exposta na memória queima
Queima
E tenta o afago tolo no consolo da lembrança
Insiste em querer que as águas retornem pra montanha

Há uma nascente que arde em meus olhos, eu lembro
Doce dança que balança o corpo onde estiveram
Asas que me abraçam sob o mar, demoram dentro
Canto que me assombra, pura dor de alumbramento

Há um mar que envolve o corpo do meu pensamento
Que deságua nas trilhas, na chuva, no vento
Quem te soube alegrar guarda memórias intensas
Sente muita falta, nunca esqueceu, como pensas

E o leito seco da nascente calma
Sangra
E a carne exposta na memória queima
Queima
E tenta o afago tolo no consolo da lembrança
Insiste em querer que as águas retornem pra montanha

E o leito seco da nascente calma
Sangra
E a carne exposta na memória queima
Queima
E tenta o afago tolo do consolo da lembrança
Insiste em querer que as águas retornem pra montanha

Meu leito seco da nascente calma
Sangra
Minha carne exposta na memória queima
Queima
Eu tento o afago tolo no consolo da lembrança
Insisto em querer que as águas retornem pra montanha