Diz que tem ladeira véia, madeira que cupim nunca roeu Diz que tem madeira véia, ladeira que enxurrada já esqueceu Diz que tem ladeira véia, madeira que cupim nunca roeu Diz que tem madeira véia, ladeira que enxurrada já esqueceu Diz que quando os botão de flor aponta Cada abelha vem colaborar Por cima do umbigo gela Mas paciência vai ensinando a esperar Diz que, quando a roça ganha força A fé na fartura abranda o jejuar Diz que quando a vida agarra nas pedra É milagrím feliz de acreditar Por baixo do cascalho, a mandioca Por cima, a verde vagem pra catar E quando a terra é seca e a espera é comprida Nada te impede, meu irmão, de sonhar E quando a terra é seca e a espera é comprida Nada te impede, meu irmão, de sonhar Diz que tem ladeira véia, madeira que cupim nunca roeu Diz que tem madeira véia, ladeira que enxurrada já esqueceu Diz que tem ladeira véia, madeira que cupim nunca roeu Diz que tem madeira véia, ladeira que enxurrada já esqueceu Lavrando a terra de janeiro à janeiro, esse povo Entregou sempre mais que a pele pro Sol Com fé que o vento vai soprar e acender fogo novo Em quem tem coragem de encarar o arrebol Diz que tem ladeira véia, madeira que cupim nunca roeu Diz que tem madeira véia, ladeira que enxurrada já esqueceu Diz que tem ladeira véia, madeira que cupim nunca roeu Diz que tem madeira véia, ladeira que enxurrada já esqueceu