Por dentro um do outro Caminham os amantes Desenham com seus pés Novas rotas navegantes Por baixo o imenso mar Que nos naufrague o amor Num fado-povo Renasce em liberdade No canto do poeta Que morreu As folhas As folhas voam Num leito de bruma Mas se a terra não fosse tão doce Onde moram os amantes Por fim Ombro em ombro nus Por dentro um do outro Caminham os amantes Desenham com seus pés Novas rotas navegantes Por baixo o imenso mar Que nos naufrague o amor Num fado-povo Renasço em liberdade E em pleno voo Navego feita em espuma