O meu fado É um mastro Uma torre Uma cruz de fogo Que sempre me dói. Que tempo nos dão Se a pátria-canção É barco à deriva Sem mar, sem herói? Tanto bate Na pedra mais dura A água mais pura Do meu coração, Que o tempo me diz Ao ser aprendiz: O amor, afinal, nunca será em vão. Oh meu deus Que fizeram os homens, Secaram teu rio-mãe, Profanam teu ser. Silêncio nos céus! Deus emudeceu E o seu novo canto fará renascer!