Meu Sertão (Sebastião Pires, Osvaldo Marchesini e Everest) Vivo no Mundo, carregando a saudade, Felicidade, eu já tive em minhas Mãos E hoje, vivo sofrendo por este Mundo, Golpes profundos, que me corta o Coração Deixei meu Rancho nos Confins daquela Serra, Em minha Terra, tão contente, eu vivía Adeus Belezas, que meus Olhos não alcançam, Esta Lembrança, é o que tanto me judia. Adeus Riacho que corria nas campinas Adeus Neblina, que molhava toda a Mata Hoje tão longe, vivo de recordação, Com o meu Violão, nunca mais fiz Serenata Deixei a Roça prá vir morar na Cidade Felicidade, nesta Vida, tudo almeja Nunca mais ví Passarinhos em Harmonia, Em Sinfonia, numa Manhã Sertaneja. Quanta Saudade daquelas Matas em Flores, Oh! quanta dor, que destino infeliz Com o meu Sertão, eu vivo sempre sonhando, Ouço chorando o Sino lá na Matriz Quero voltar um dia pro meu Sertão, Ver meu Rincão que tanta Beleza encerra Quero morrer, vendo as Belezas de perto E ser coberto por minha Querida Terra. Vicente Lopes Farnézio (Duêmio)