Duêmio

Igrejinha do Estradão-2

Duêmio


Igrejinha do Estradão 

Atílio Versutti e Chico Viola

Sempre lidando com Boi, aprendi desde Menino
Fui o Rei dos Boiadeiros, no Sertão de Ouro Fino
Já dei duro nesta Vida, com minha Sorte, cumprindo
Hoje eu fico admirado, olhando o Progresso Honrado                                                                             Que o Brasil vai conduzindo.

Embora  o tempo passa, me recordo em desatino
O grito de uma Criança , e o furor de um Boi Felino
Uma Mãe em desespero, chorando e á Deus Pedindo
Ao longo da Boiadeira, o Menino da Porteira, 
Era angústia, me seguindo.

Na Cruzinha do Estradão que encerrou triste destino
Construíram uma Igrejinha com a Imágem do Divino
Onde o Povo faz Promessa, entre Vela e som do Sino                                                                               Eu também jurei confiante, de entregar o meu Berrante
Em homenágem ao Menino.

Na derradeira viágem, despedí de Ouro Fino
Na Igrejinha do Estradão, a Promessa, eu fui cumprindo
Hoje eu vivo aqui distante, mas todo ano eu previno 
Viajo lá pro Sertão, vou rezar em devoção
Pela Alma do Menino.

Vicente Lopes Farnézio (Duêmio)