Nos mistérios de Lisboa No teu corpo, nos teus olhos Uma aurora que desponta Brancas asas, brancas vozes Do Chiado à Madragoa Se viesses outra vez Ter comigo nos meus sonhos Pesadelo de brancura Meu mistério de Lisboa Sempre que se põe o Sol Se tu agora viesses Meu mistério de Lisboa Só a saudade que resta, daquilo que fui outrora Se tu agora viesses Meu mistério de Lisboa Só a saudade que resta do Sentir da nossa pele Sempre que chove em Monsanto Pelas ruas mais escuras No coração que ficou Tão gelado ao pé de ti Como sempre como dantes Nossos antigos pecados Nossas sombras mais escuras Nos mais escondidos recantos Como sempre como dantes Meu mistério de Lisboa