É eu vou chegando só soltando a voz Pode chegar que no rolê é nóis! Juntando os pano, os manos, as minas Junto com Deus que ilumina a passarela É, eu vou pegando o bute mais feroz Na camiseta a estampa dos heróis Que já se foram, mas voltaram E os muleques se orgulharam em ser favela, favela Boné de lado, blusão descolado Em frente ao espelho jogando o perfume Mal encarado, sem passo errado Jeito malandro que é de costume Aumenta o volume que é Rap no sangue é Dtpk, estampa do vale camisa kamanzi Ligeiro no bang suingue no pé, aqui é pra quem é Favela é comum Rayban, relógio de prata, corrente de ouro e guia de Ogum Onde ter dinheiro te faz ter várias mina Mas ter um rolê sincero Um amor verdadeiro te faz ter a mina Alucina ter os pano louco mas não é errado Achar que isso é mais que os outros é que é errado Ostenta isso, errado, morrer por isso, errado Ainda pagar os mano flagrar e a rua catar, coitado Então tome cuidado com o que você vê Você pode mudar o mundo Mas não deixe o mundo mudar você (É nóis) Então que seja melhoras, mas não abusa, cabeça erguida E alma limpa vale mais que o que cê usa Seja isso, seja aquilo, se encaixe em um padrão Vista isso, vista aquilo, só por que dizem que é bom Que é da hora tá na roda dos amigos na escola Todo mundo ta usando só por que agora é moda Nas ruas de Paris é a última tendência Na cena da atriz, produtos em evidência Estimulam o ato de consumo irracional Causado pelo fato de quem quer ser igual Ao ator global, ao novo ídolo Pop E a modelo da revista construída no photoshop Ibope, pra mídia que está te hipnotizando Stop! Vamo acordar do sonho americano! Ditam na televisão a tendência do verão Te seduzem com propagandas que vendem ilusão De ser o que não se é, de ter o que não se tem De enxergar o que não existe, de esperar o que não vem É eu vou chegando só soltando a voz Pode chegar que no rolê é nóis! Juntando os pano, os manos, as minas Junto com Deus que ilumina a passarela É, eu vou pegando o bute mais feroz Na camiseta a estampa dos heróis Que já se foram, mas voltaram E os muleques se orgulharam em ser favela, favela Camiseta regata uma calça larga um bute bem loco Jaqueta estampada, corrente de prata Um new era e uma gata eu saio no rolê Vou pela rua que é minha passarela No andar um gingado bem estilo favela Por que a roupa não te faz é você quem faz ela Não ligue se seu pano é feio ou se só uma for bela Se vista como bem entender, seja original Se sinta bem com você que flui natural Não se esconda atrás de marcas ou de vitrines Viva uma vida real e não um show business Elegante como Rincon, largado pique Udi Levy O que pra você é bom, às vezes pra mim não serve Modernidade retrô, um museu de novidades A mídia não falsificou minha originalidade Idealize, inove, faça o seu próprio estilo Não ligue pros holofotes, ta no seu olho o brilho Se Deus ilumina pode passar, tudo combina pode pá O meu criador viveu na humildade, morreu por amor Nem ligou Pra qualidade, me espalhando nele Eu também nem ligo quando eu morrer nada levo comigo Segui na postura isso que importa rasgou Nóis costura, ta grande nóis corta A realidade das ruas ajudou no mundão Trouxe os problemas, também solução Mas pras mina sem noção Que ta de toca no mundão vale mais o que cê tem Se é de marca ela ta bem (Se acha) Num ta nem ligada, da visão das ruas é tirada como errada Na minha passarela eu visto humildade E meu pano mais loco é minha dignidade! É eu vou chegando só soltando a voz Pode chegar que no rolê é nóis! Juntando os pano, os manos, as minas Junto com Deus que ilumina a passarela É, eu vou pegando o bute mais feroz Na camiseta a estampa dos heróis Que já se foram, mas voltaram E os muleques se orgulharam em ser favela, favela