Eu me quebro as vezes, mesmo não sendo de vidro Vendo tudo tão claro, pouco moldado pelo tempo Sou areia clara deserto Saara o vento Me aqueça os grãos no chão Movendo o tempo sem previsão Se enxergar o mais longe que puder Veja através de mim como janela Olhar de espera ora por ela Se embaçar, se refletir, pra observar, sem reagir E se entregar o que há de bom, o que a de bom Me aqueça os grãos no chão Movendo o tempo sem previsão Se enxergar o mais longe que puder Que puder Que puder Que puder Que puder