Marirmão (Douglas Jericó / Rodrigo Passos) Contei no céu ... ... as gotas que caiam no chão, para ver se eu definia um motivo para não ir embora de lá. Jurei sentir meu rosto inteiro queimar ao estar a margem do poder do Astro Rei, que alí naquele azul brincava só, de ser por todos pai. Cantei para Deus, clamando para chover no Sertão, depois de ver que ao invés de gotas d'agua haviam ondas de calor Se Deus é o Sol, o vento e o mar Porque será que os três não viram 'um', para trazer água para cá ? Se eu for embora, onde é que eu vou ficar ? Na cidade a terra é cinza e a chuva, não tem como entrar, para alimentar, minha plantação, que aqui o sol e o vento cuidam sem o Marirmão. Mas no final da esperança eu me encontrei sem ter com quem contar Não pude ver crescer os filhos que eu criei. Pois no estradão, os ví partir, e sereno ... ... deitei para me esquecer e para acordar para o amanhã Mas cada lugar tem seus caminhos para seguir A escolha é feita e a consequência é ter de enfrentar A força e a fé para garantir que o novo dia encontre a paz Para que a harmonia entre o difícil e o fácil espante o mal Não tem água no Sertão Não tem calma na cidade No Sertão a água acalma Calma na cidade é bom Água para acabar com a sede E há sede para acabar com a Calma Mas seja em Qualquer Cidade ou Lugar, sede de acalmar o coração