Esta manhã parece diferente Não O mesmo cheiro de café e pão Tem algo estranho Será impressão? O cão se olha no espelho e toma susto Todo peludo com orelhas de burro O 17 marcado no lombinho Agora se enxerga como verdadeiramente é Um animal que não é Jênio A Bíblia para rezar e a arma carregada O dedo no gatilho para defender os seus Bela pele embraquiçada O álcool-gel foi que limpou O cão ouve a gritaria da rua Mesmo com medo, abre a porta sem saber Milhões de burros cheio de zurros Escorre merda pelas bocas, estrume pelos rabos São ridículos jericos, com terno e gravata Todos assistem a novela, se for contra a Venezuela Tchau Querida! Estado mínimo! Bacon é vida! O povo saúda com bandeiras as tropas que nos ajudam Soldados amigos, águias, ursos e pandas Quadrúpedes caem aos milhares Da beirada da terra plana Uma nação emburrecida Os que pensavam foram mortos Amazônia arde, as milícias comandam Tudo privatizado Que irado o jumento ostentar no Planalto Por mentir tão mal, alucinar tão bem e lamber botas tão cabal Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque e Tubal Jumento sabe tudo Enganou meio mundo Quem se deixou enganar Não há mais país Multinacional, neopentecostal A vingança do Haiti Radiante, o jumento entrega pessoalmente as chaves do país aos invasores Presta continência à bandeira dos dominadores A noite é longa, cada segundo tortura em meio à sombras, a solidão é dura Doença se espalha, cria raízes, nunca falha O tempo se vai, e não há tempo a perder! " Terra arrasada! Treva que nunca acaba