Creio na viola pra quem é sozinho Um som que consola quem não tem carinho Feito na gaiola canta o passarinho Quem não cantarola chora no caminho Crio a minha teia pra morena ingrata Corto a lua cheia com um facão de prata Faço uma candeia e clareio a mata Depois que clareia faço serenata Crio uma esperança pra quem tem desgraça Trago a lua mansa pra dançar na praça Depois dessa dança ergo a minha taça Dando confiança no dia de graça Crio a frase clara de onde nada havia Feito joia rara de uma pedra fria Vivo cara a cara com essa fantasia Porque a vida pára para quem não cria