Tom: C D A7 Levantu di madrugada, trato os búti e as galinha e tiro leite da Barósa. G D Bem cedinho cângo os boi, o Sulino e o Minero que é uma junta bem bardósa. G A7 Com a Salete vô pa róça, prepará a téra do fumo, levo arado e uma enxada. G D A7 D Enquanto e lavro téra a Salete pega foice e vai roçando as beirada. A7 Dispois quando o soli isquenta, si iscapemo da impreitada e vamo lá pros cantêro. G D Repicá a muda do fumo, com veneno nas bandeja tem serviço o dia inteiro. G A7 Di tardi vórto pra roça terminá di lavra téra e passá o alizadô. G D A7 D Risca téra direitinho, botá o esterco e o adubo e passa o aleradô. A7 Quando a muda fica pronta esperêmo uma chuvinha e na téra nóis prantêmo. G D Trabaiêmo abaixado, bate as dori discadera em quinze dia terminêmo. G A7 Daí botêmo uréia, o salitro e cus boi nóis passêmo a carpideira. G D A7 D Tira lenha nas coivara pra queimá la na fornáia, Deus do céu que trabaiêra. A7 Estufa pronta pra torá, tem paióle pra vedá e começá coiê o baxêro. G D A Salete tudo dura di trabaiá abachada, até si deita no carêro. G A7 Coiêmo o dia intero e dispois nóis amarêmo o fumo no tecedô. G D A7 D E di noite tem a estufa pra fogo não se apagá botêmo dispertadô. A7 Disbrotêmo e queimêmo cum veneno nos pendón e botêmo mais salítro. G D Ca chuva o fumo cresce, fica verde e pesado, arepoiado e bunito. G A7 Quando passa o meio pé, vem o fumo mais pesado que é as fôia da pontêra. G D A7 D No intervalo os carurú que espeta as môm da gente nóis passêmo a roçadêra. A7 O fumo tudo no paióle, comecêmo escolhê e dispois embonecá. G D Pra vendê na compania e caregá no caminhóm somo obrigado infardá. G A7 O BO1 que nóis temo, preaparemo e mandemo pra podê passa o natáli. G D A7 D E quando chega a nota, a Salete que conferi e me diz que passou male. A7 Mais que farta de respeito, logrando nóis desse jeito a firma vai ficá rica. G D Nosso fumo amarelinho, preparado com carinho o compradô discrassifica. G A7 Trabaiêmo o ano intero, sem custeio, sem dinheiro até me dói coraçóm. G D A7 D Essas firma fumagêra pensa que os agricurtôre são tudo uns abobaión. A7 Já pensei em botá granja, criá porco ou galinha e prantá umas batatinha. G D Faze queijo pra vendê, pão de milho, açuca grosso, amendoim e bolachinha. G A7 Mas parece uma tentação. Quando chega o instrutôre a Salete não se agüenta, G D A7 D Faz o pedido de novo e ainda convida o home pra cume uma polenta.