Sinto que a cidade nos espera Com suas ruas loucas Com suas luzes poucas Com suas bocas prontas Para nos engolir Quando o que há de ser de mim já era Quando eu quebro a louça Quando eu rasgo a roupa Quando eu lembro que nada lhe prometi Se o breu esconde a lua Me convida pra sair Se eu já não sei Qual é a sua é sinal Que já não sei nada de mim O som dessas canções É o que me basta pra dormir Se as minhas conclusões De nada vale então O que é que vim fazer aqui Sinto que a cidade nos devora Filas de cinema Sempre a mesma cena O mesmo poema Pronto pra se repetir Medos que eu pensei ter agora Entram por antenas De vidas pequenas Que a cidade escolheu pra colorir