Serra dos meus sonhos dourados Onde nós fomos criados Lá eu hei de morrer Não desfazendo de ninguém Serrinha custa Mas vem Joana, cadê minha viola Que eu mandei você guardar Ela não é de pinho Nem de peroba, é de jacarandá Minha viola bonita Ninguém nela bota a mão Só bota a minha cunhada A mulher do meu irmao Serra dos meus sonhos dourados Onde nós fomos criados Lá eu hei de morrer Não desfazendo de ninguém Serrinha custa Mas vem Orgia É o ideal da mocidade No subúrbio Na cidade Todos quase têm prazer Tenho orgulho em dizer Vou viver na orgia Até morrer Eu fico cheio De emoção Quando o samba está Enfezado assim Prazer não há Igual Alegria minha gente Que o samba vai ser Diferente No futuro carnaval Eu já jurei Não pretendo amar Aquele alguém Que eu amei Muito me fez chorar E ela jurava Que me tinha Amor E no fim das contas Me abandonou Me abandonaste Para se vingar Pensando Que eu fosse Te implorar Mas eu estou te avisando Não é qualquer coisa Que me faz chorar Partiste Sem me dar satisfação Fiquei A mercê da solidão Agora de cabeça erguida Jurei não te dar mais guarida Aos falsos não se deve Dar perdão Pois eu já vi Já vi Eu nasci pra sofrer, amor Só sinto Não suportar a dor É triste a gente viver Na ilusão Vivendo iludida Por teu coração Já pensei Em me vingar Procurei Me conformar Mas se meu destino É só teu Estarei livre de tudo Quando morrer Chorar não resolve E nem me comove Para mim Você não serve mais A ordem é essa E nem me interessa Só quero que você Me deixe em paz Serra dos meus sonhos dourados Onde nós fomos criados Lá eu hei de morrer Não desfazendo de ninguém Serrinha custa Mas vem