Trancado no quarto eu me sinto só Achando que isso vai ser melhor Pra mim vendo meu fim Um filme triste que ninguém quer assistir Eu paro e penso Aflito, reflito Mas pra que, quer viver isso? Na vida eu nem vejo mais sentido Eu, só vejo um precipício Não falo dos vícios Talvez seja abstinência Ser meu próprio inimigo Querendo matar minha concorrência Consciência, só concorro comigo mesmo Corro mesmo, morro a esmo E quantas vezes já pensei que servi do meu tropeço Mas meu Deus a onde eu parei, com a mente fechada Com o corpo fechado, confuso no nada, na brisa errada Sinto que eu me atrasei, sei que eu errei, te peço perdão Não é uma oração, talvez um ofício Eu sei é difícil Talvez seja a minha carta de suicídio, meu Nem saber com quem contar, ou descontar a raiva Mas hoje eu não levo a vingança pra casa, não E esse ódio que me mata e leva junto no meio da madrugada Onde a madame é assaltada! A minha alma é só mais uma Cada passagem é uma lição E não serviu porra nenhuma E suas lágrimas vê se enxuga Que a minha alma tá expurgada E o meu rosto virou fumaça