Pouco se fala, com o silêncio tudo se diz Somos tão distantes, mas tão perto do caminho feliz Por vezes tanto ignoramos, sem ter noção do chão que pisamos Segue-se a frente de onde agora estamos No fim queixamos, reclamos que tudo passou por um triz Se a vida é mestra então serei um eterno aprendiz Lição maestra, e se não for desta Eu faço uma sesta até à decisão do juiz Que lá de cima me vê bem, sem ressentimento e qualquer momento Mete á prova tudo aquilo que eu sei e troca às voltas de todo o vento Tens duas caras mas com uma te encaro eu Quem luta nem sempre tem, e quem não luta nem sempre mereceu Quem anda na disputa sabe que em vezes a nega venceu E em força galopante nunca se rendeu E que daí em diante nos torna naquilo que muita gente nunca entendeu Eu sei que tudo depressa passa E a bondade essa vem de farsa Até ao dia que eu não aguento máscara E me viro para toda a praça e digo Não dá, não dá, não dá Não dá, não dá, não dá Deixa-me estar, deixa respirar Eu sei que tudo depressa passa E a bondade essa vem de farsa Até ao dia que eu não aguento máscara E me viro para toda a praça e digo Não dá, não dá, não dá Não dá, não dá, não dá Deixa voar, deixa respirar Por vezes nada falo, nada digo Longe de todo o barulho só quero no fundo entrar em paz comigo Distante de todo o bagulho, prefiro mergulhar no entulho Do que ir a barco com fakes que sempre jogaram comigo Me pisaram deixaram despido, a quem dei a mão antes da terem cuspido Isso já é sabido, que entre ti e a sorte há gatilho Dispara pra ver no que dá e se pela culatra sai tiro E te acerta na perna, é mais um passo fodido Que a paciência e a espera deixam um gajo falido Olha pra cima e pergunta o que é que queres mano Por vezes os passos que segues levam ao engano Em modo espartano, mano, ou samoano dou luta sem pensar no fim Pois após a disputa duma vida acredito que algo guardado esperará por mim