Nessa cidade ele nunca habitou Nessa cidade ele não habita mais Buscava algo que me fizesse lembrar Nessa cidade ele nunca habitou Nessa cidade ele nunca habitou Nessa cidade ele não habita mais Buscava algo que me fizesse lembrar Nessa cidade ele nunca habitou Na mesa dele não havia uma lembrança Nenhuma foto, convite de batizado Em meio ao ar gelado, já condicionado Uma por uma, as gavetas eu olhei Seguro vida, previdência social Seguro desemprego, e se tu quebra o braço? No fundo da gaveta, um mapa da fronteira Com quatro marcações que histórias eu ouvi Primeira marcação Topo do mapa Passo do viola Berço de prata Segunda marcação Jazigo ilha O marco demarcava Morte e família Terceira marcação Velho bolicho O trovador tomando pinga Das lendas, é talvez a maior A noite adentrava o eterno bosque Quem entra lá não volta nunca mais E o bosque era a quarta marcação