Vi a terra sem freios A girar no nada campo à fora No remanso das horas Braço, enxada e tecnologia Buscavam poesia no saciar da fome Tinha um pé no açude e outro na fé E estava à procura De um certo sujeito homem Enquanto os bichos ensinavam ao computador A perfeita imperfeição da vida O cio das águas Temperava o solo fértil da imaginação E os grãos germinavam de felicidade A árvore que expira o ar Inspirava o sonho E embalava o sono tranqüilo das crianças Com seu verde lugarzinho ao sol No altar da natureza Um cientista colhia frutos de magia Na vastidão de um laboratório A céu aberto Sanga, coxilha e pampa sem fronteiras Contemplei extasiado A dança do campo e da cidade No baile da arte do alvorecer Sob o olhar da esperança Era o fundo da terra brasileira Era a filha da fusão de sangue e seiva De mãe universal Era o interior e o exterior Era Sul, Centro e Norte Era qualquer lugar