Na brisa quente da tarde acorda o velho moinho Apaga os meus passos levanta o pó do caminho Papoilas selvagens macias e vermelhas Como os meus lábios em noites de paixão Na brisa quente da tarde ouço cantar rouxinóis Voam flores perfumadas vermelhas como o meu sangue Como é bela a serra ao entardecer E ver o Sol pela última vez Na brisa quente da tarde na sombra de um pinheiro Picam as agulhas finas como a aguda dor da dentada E o meu sangue doce que então escorreu Quente nos meus seios em rios de prazer Na brisa quente da tarde flutuam dentes-de-leão E uma estranha sede que me invade como uma doce paixão Ouves o zumbir das abelhas do outro lado da montanha O céu vai escurecendo mas a tua vista alcança cada vez mais longe