Descer com a razão Não vai compensar nada Ver no tempo o único bem O faz vítima com hora marcada Vencer é a prova do fim pro começo Certo de um jeito avesso Sem querer, você vai lembrar Se, sem querer, você se lembrar Trancado num porão de repúdio Essa é a liberdade que escolheste para ti Dizer com demência: “Somente posso existir” Ninguém requer tanto conceito Ao ver o desejo de sumir Essa vontade de se esquivar Não te deixa aceitar o adeus Ter uma meta pra chamar de sua Usar a vida como desculpa pra não fazer nada Repetir quase com demência Que basta apenas existir Pensa que dura pra sempre Me ofende sem motivo aparente Pela perfeição do momento Você estraga o que deveria ser eterno È a deixa de um ator encenando o inferno Se, sem querer, lembrar da sua existência com ternura Vai afogá-la com as drogas mais profundas Não ter saudades da própria história: Trancaste num porão de repúdio Sem querer, você vai lembrar Se, sem querer, você se lembrar Trancado num porão de repúdio Essa é a liberdade que escolheste para ti